7.12.12

As Reações Contra a Separação de Portugal


Os governos e os militares de algumas províncias reagiram contra a Independência. Essas autoridades eram portuguesas e queriam que o Brasil continuasse unido a Portugal. Desta maneira, não aceitaram a autoridade de D. Pedro I. As reações contra a independência foram mais fortes nas seguintes províncias: Pará, Maranhão, Piauí, Bahia e Cisplatina, atual Uruguai.

Para lutar contra as tropas revoltosas, ao lado das forças populares, o imperador contratou militares estrangeiros. O principal deles foi o Lord Cochrane, comandante das tropas brasileiras que conquistaram as províncias rebeles, durante o ano de 1823. D. Pedro I enfrentou também a guerra da Província Cisplatina, tendo reconhecido a independência daquela província em 1828.

Diferentemente do Brasil, as nações latino-americanas haviam proclamado a independência e adotado a república como forma de governo. Por isso, não queria, reconhecer a independência brasileira, pois o Brasil continuava sendo uma monarquia conduzida por um imperador português. Somente em 12 essa resistência começou a ser vencida, quando o México reconheceu a independência brasileira.

Os Estados Unidos da América foram o primeiro país a reconhecer a independência do Brasil em 1824. Tal medida tinha fundamento pelo fato dos americanos serem contrários ao colonialismo europeu, defendendo o lema "A América para os Americanos". Na verdade, já existia o interesse em estender sua influência sobre o continente.

Portugal também não queria reconhecer a independência brasileira. Porém, em 1825, com a intermediação da Inglaterra, que emprestou o dinheiro, a coroa lusitana recebeu uma indenização de 2 milhões de libras esterlinas a ser paga pelo Brasil, em troca do reconhecimento da nossa independência. Além disso, seria concedido a D. João VI o título honorário de Imperador do Brasil.

Após o reconhecimento oficial da Inglaterra, os demais países da Europa seguiram o mesmo exemplo. Contudo, o Reino Inglês exigiu o cumprimento de uma série de exigências, como por exemplo, que o Brasil acabasse com o tráfico negreiro.


Fonte: http://www.algosobre.com.br