6.6.13

Cronograma de um Símbolo



(1932) – Ferdinand Porsche, nascido no dia 3 de setembro de 1875 no Império Austro-Húngaro, esboça o desenho do Fusca.



(1932-34) – Porsche cria o NSU, protótipo do Fusca que rodou até 1955, quando foi adquirido pelo Auto-Museum da Volkswagen, na Alemanha.



(1935) – Porsche recebe 200 mil marcos do governo alemão para, no prazo de dez meses, produzir três protótipos.



(1936) – Da garagem da casa de Porsche, com 16 meses de atraso, saem três protótipos batizados de Volksauto-série VW-3, que seriam testados por 50 mil Km. Trata-se dos primeiros protótipos (do VW-3) e que representam o nascimento do futuro Volkswagen .



(1937) – A associação entre Porsche, Daimler-Benz e Reuter & Co. produz mais de 30 protótipos, batizados de VW-30, e realiza 2,4 milhões de Km de testes. O governo alemão, já sob o comando de Adolf Hitler, cria uma empresa estatal e viabiliza a fabricação do carro. O capital inicial, de 50 milhões de marcos, veio da KdF (iniciais em alemão de Força da Alegria), um dos departamentos da Frente Trabalhista Alemã, o sindicato oficial. O nome original do veículo, KdF-Wagen, não pegou Porsche viaja para os Estados unidos para visitar as linhas de montagem de Detroit e se encontrar com Henry Ford. Dois protótipos do “carro popular “, o Volks – Wagen, começam a serem testados nas estradas de Floresta Negra – Alemanha e após 50 Km são aprovados.

(1938) – Começam a ser construídas em Fallersleben o Complexo Industrial para fabricação do “Fusca”, na baixa Saxônica (região entre o rio Reno e o mar Báltico) e uma cidade para 90 mil habitantes, destinada aos futuros operários e suas famílias. Depois, a cidade recebeu o nome de Wolfsburg. Parte do dinheiro destinado às obras provinha de alemães que, mesmo sem saber a data da entrega, queriam um KdF-Wagen. O Fusca sairia de fábrica com duas janelinhas traseiras bi-partidas ( Split Windonw ) , no modelo chamado de “BREZEL”.

(1939) – Com o início da II Guerra Mundial, os KdF-Wagen não chegam a ser fabricados e a nova fábrica estréia produzindo veículos militares, com destaque para o Kubelwagen (tipo de camburão, que teve 55 mil unidades produzidas) e para os Schwimmwagen (carro anfíbio, com 15 mil unidades). Devido ao início da segunda guerra mundial, o Volkswagen acabou virando veículo militar. Derivados do fusca, como jipes e até um modelo anfíbio (Schwimmwagen, atualmente existem 3 no mundo, e um no Brasil) A mecânica também haveria mudado. Virabrequim, pistões, válvulas , o motor de 995 cc. e 19cv passou a ser de 1.131 cc. e 26 cv. Mais de 70 mil unidades militares foram produzidas.





(1944) – Os aliados atacam e destroem a fábrica.

(1945) – Inicia a produção do “Fusca”.



(1946) – Começa a reconstrução da fábrica e a produção é limitada. Já existiam 10.000 ” Fusca ” circulando na Alemanha.



(1947) – Ingleses, Soviéticos e Norte-americanos não se interessam pela fábrica.



(1948) – Heinrich Nordhoff assume a presidência da fábrica e eleva a produção para 19.214 unidades/ano.



(1949) – A produção cresce para 46.154 unidades e um acordo com a Chrysler permite a utilização da rede de revendas da marca norte-americana em todo o mundo. Foi o primeiro ano do Fusca nos Estados Unidos e apenas duas unidades foram vendidas. Surge o Volante “Morcego” sendo utilizado até os Fuscas de 1955 .



(1950) – O primeiro lote de “Fuscas” desembarca no Brasil, via porto de Santos. As 30 unidades que vieram foram rapidamente vendidas, o 1º “Fusca” foi vendido ao paulista Rodolfo Maers.



(1951) – Morre Ferdinand Porsche. Surge a partir de 13.04.1951 , entradas de ventilação externas laterais ( Gela-saco) localizadas logo após os pára-lamas dianteiros, que perdurou até a 1º.10.52 . Após, se iniciou a versão Zwitter .



(1952) – Um quebra-vento foi a melhor solução de longa duração para o problema da ventilação adequada – eles apareceram em 1952, substituindo a fenda na janela lateral e a abertura no canto do painel do ano anterior . As pequeninas lanternas traseiras redondas, foram utilizadas até 1952, em conjunto com a luz do freio na lanterna da placa, apelidada de “Nariz do Papa” (numa referência ao formato do nariz do Papa Pio XII), quando lanternas um pouco maiores a substituíram . Estas lanternas traseiras , que em cima traziam a figura em acrílico vermelho de um coração, foram utilizadas entre 10/1952 (Zwitter) a 07/1955 . Essas também incorporavam uma luz de freio, mas como eram encaixadas no topo do carro , elas previam mais os aviões do que ajudavam no trânsito. Em 1º de outubro de 1952, surge o Fusca versão Zwitter , ou seja, traseira split window , mas painel do oval , substituindo-se a versão “Brezel” . O Zwitter teve início com o Chassis nº. 397 023 até o 454 951 . Surgem com este Fusca os frisos laminados externos nas janelas . A partir do Zwitter , o trinco do capô até o ano de 1966 , passa o ser o modelo “T” . Antes do Zwitter , o trinco do capô tinha o modelo “Rabo de Tatu”.



(1953) – Com peças da Alemanha, inclusive o motor de 1.200 centímetros cúbicos (cc), o carro começa a ser montado em um pequeno armazém alugado na Rua do Manifesto, no bairro do Ipiranga (zona sudeste de São Paulo – Brasil). Em data de 10 de março de 1953, encerra-se a produção do Fusca modelo Zwitter , passando-se a produção do Fusca Modelo Oval. A partir do modelo Oval, substitui-se então as duas janelinhas bi-partidas por esta “Oval”. O primeiro modelo Oval teve o Chassis com o nº 454 952.



(1954) – O carro Volks começa a conquistar os norte-americanos, que o apelidam de Beetle (besouro).



(1955) – O milionésimo Fusca chegou nesse ano . Dez anos depois , um milhão de fuscas foram produzidos a cada ano . Surge nos Fuscas Ovais comercializados nos EUA entre 1955 a 1957, as “Mamicas” – mini-piscas localizados perto do foral do carro , nos pára-lamas dianteiros



(1956) – A Volkswagen inicia a construção de sua fábrica de 10,2 mil metros quadrados no Km 23,5 da Via Anchieta (São Bernardo do Campo) . Surge o Volante “Corcunda” perdurando até 1959.



(1957) – A fábrica solta seu primeiro produto, a Kombi. Os primeiros Fuscas exibiam um minúsculo rolo como pedal de acelerador . Este foi substituído pelo tipo normal que conhecemos hoje justamente nesse ano . Em data de 31 de Julho de 1957 , encerrou-se a produção do Fusca Modelo Oval, sendo o último chassis o nº. 1600 439 . Houve a substituição dos pára-brisas dianteiro por um pouco mais retangular e mais alto, e do traseiro ovalado pelo retangular , quase que dobrando a visibilidade na retaguarda . Este veio a aumentar mais uma vez de tamanho em 1965 na Alemanha e em meados de 1966 com o denominado “Modelinho”, no Brasil.



(1958) – O fusca recebeu um novo painel , com um porta-luvas maior e uma alavanca de marcha disposta mais convenientemente . O rádio fora deslocado para o centro do painel , com um alto-falante colocado ao lado do velocímetro.

Painel do fusca Alemão 1958.

(1959) – O Fusca começa a ser produzido no dia 3 de janeiro, com um índice de nacionalização de 54%. A primeira unidade é adquirida pelo empresário paulista Eduardo Andrea Matarazzo. No dia 18 de novembro, a fábrica Via Anchieta Km 23,5 é inaugurada oficialmente. A Volks brasileira fecha o ano com 8.406 unidades vendidas. Há a introdução de uma barra estabilizadora no eixo dianteiro ; Surge a “mamadeira” – reservatório de água do esguicho localizado abaixo do painel, usado nos fuscas nacionais de 1959 a 1962 .



(1960) – Desde 1960 todo o carro tinha os bancos em vinil. O sistema de sinaleiros (pisca-pisca) deixa de ser uma barra na coluna lateral central (também chamada de bananinha) para as lanternas traseira, juntamente com as luzes de freio e lanterna, e também a saída de escape passa a ser dupla. Há a troca do volante ( deixa de existir o “Corcunda” ), cujo novo design agora é em forma de cálice com aro de buzina . Maçanetas externas com fechaduras de botão , pára-sol para o acompanhante e revestimento do estribo na cor do veículo . A partir de 1960, o escudo de Wolfsburg no capô dianteiro, foi substituído pelo de São Bernardo do Campo, com o lema da cidade “Paulistarum Terra Mater”. No volante, foi a mesma coisa, e na mesma época, respeitando-se os critérios de estoque da VW.



(1961) – Nos anos 50 , mais de 160.000 donos de fusca foram presenteados com um relógio e um certificado pela cobertura de 100.000 Km com o mesmo motor de fusca . E justamente em 1961 ,a confiança era tão grande que o esquema teve de ser deixado de lado pela Volkswagen . Há caixa de mudanças de marcha totalmente sincronizado , incluindo a primeira marcha ; limitador de abertura das portas , alça de segurança no painel para o acompanhante ( “puta merda” ) ; suporte de molas no capô do porta-malas ; introdução do indicador elétrico do nível do combustível no painel. Há a substituição das “bananinhas” a partir de março deste ano , por pisca-piscas localizados em cima dos pára-lamas dianteiros.(*)



(*) “Orelha de Padre” era um acessório vendido em lojas, para ser instalado no lugar das “bananinhas”, na coluna central dos carros. Era menos complicado que as “bananinhas” e era uma luz intermitente, que “cheirava” a modernidade… Nunca foi opcional.

(1962) – O Fusca torna-se líder de vendas no Brasil, com 31.014 veículos vendidos. Há luz assimétrica nos faróis, novas lanternas traseiras, maiores com as lentes vermelhas e laranja, gancho-cabide , reservatório do fluído do freio de plástico e friso na saída do ar quente . O Chassi é inteiramente nacional. Acaba a “mamadeira”.



(*) Acaba a “mamadeira”, em 1963, com a introdução do sistema pneumático.

(1963) – As janelas traseiras agora passam a ser basculantes ; há novo descansa-braço ; lavador de pára-brisa pneumático no lugar da antiga “mamadeira” sob o painel ; amortecedor de direção .



(1965) – Em 1964/1965, os bancos passaram a ter uma parte central em tecido; trava de direção ligada diretamente ao sistema de ignição, lanterna de placa traseira maior ; sinalizadores de direção redesenhados, conforme normas internacionais ; maior espaço para os passageiros do banco de trás ; encosto de banco traseiro dobrável, barra de direção com lubrificação automática. Neste mesmo ano , enquanto que na Alemanha o carro é fabricado com os vidros maiores e o pára-brisa mais alto e ligeiramente curvo, no Brasil a fábrica lança, aproveitando um financiamento Governamental, o Fusca versão “Pé de Boi”, para o campo , cerca de 15% mais barata ( não possuía nenhum item cromado ou acessórios). As diferenças eram os acessórios da carroceria ; os revestimentos internos foram modificados ; os pára-choques e as calotas são pintados ; foram suprimidos pisca-piscas , cinzeiro e a tampa do porta-luvas – sic. Propaganda às folhas 73 do Livro “A História de um Símbolo” .



(1966) – É apresentado no segundo semestre o assim denominado “Modelinho”, com espaço para receber o futuro motor 1300, foi feita a única alteração no tamanho dos vidros em toda a história da produção do Fusca no Brasil, com a vigia traseira mais alta e mais larga e descanso dos limpadores de pára-brisa no lado esquerdo (no lugar do direito).



(1967) – Atinge a marca de 500.000 fusca em São Bernardo do Campo. O carro troca o motor de 1.200 cc (36 CV) pelo 1.300 cc (46 CV SAE) mas continua 6 volts . Na parte mecânica foram modificadas o aro de roda que passou a ter furos para facilitar a ventilação dos freios e ganhou novo escapamento. Na parte de segurança, (além de um vidro traseiro 20% maior e os limpadores do pára-brisa com descanso do lado esquerdo melhor posicionados . As novas versões ( com motor 1300 cc ) são chamadas de “Tigre”, o que teve uma publicidade engraçada, onde os concessionários utilizavam “rabos de tigre” de papel para ilustrar o novo modelo, mais potente. Um botão de pressão na fechadura do capô do motor ; estribo com sulcos longitudinais ; novo silencioso ; novas palhetas do limpador do pára-brisa ; caixa de fusíveis abaixo do painel .



(1968) – Foi provado que o sistema de 6 volts que o equipava não se mostrava eficiente, aí o Fusca ganhara um novo sistema elétrico 12 volts. E a caixa de direção passa a ser lubrificada com graxa ao invés de óleo ; Indicador mecânico do nível do marcador de gasolina no painel ( acusa o nível mesmo estando as chaves desligadas) . Em 1967 a Volks passou a adotar a antecipação do que seria novidades no ano seguinte (ferramenta de marketing).




(1969) – Walt Disney lança o filme “Se Meu Fusca Falasse”, no qual o carro, chamado de Herbie, nada, anda sobre duas rodas e até pensa. Espelho retrovisor externo com novo formato; cinzeiro do painel sem botão; bancos com forma mais anatômico e encosto mais largo.



(1970) – O carro ganha opção de motor 1.500 cc (52 CV) – apelidado de “Fuscão” , bitola traseira 62 mm mais larga, eixo traseiro com barra compensadora, capô do motor com aberturas para ventilação,capô do porta mala redesenhado, novas lanternas traseiras com luz de ré , ganhou pára-choques mais altos fortes e resistentes de lâmina única, internamente seu acabamento interno era mais luxuoso com cintos de segurança dianteiros de série , além de freio a disco dianteiro opcional. As aberturas de ventilação foram introduzidas nesse ano no capô do motor do modelo 1500. Nesse ano, um incêndio destrói o setor de pintura da fábrica e o primeiro Fusca brasileiro é exportado para a Bolívia.



(1971) – Tubo de escapamento mais fino.



(1972) – A Volkswagen do Brasil atinge a produção de 1 milhão de Fuscas. Novo interruptor de luzes indicadoras de direção ; novo garfo para a embreagem.



(1973) – Os dois modelos 1300 e 1500 passam a ser equipados com novo distribuidor de avanço vácuo-centrífugo e com carburadores recalibrados otimizando assim os gastos de combustíveis. Novos desenhos dos pára-lama dianteiros em conseqüência também mudou os faróis colocados agora na vertical e o sistema de aquecimento que era equipamento de série passou a ser opcional. As Janelas Traseiras voltam a ser fixas ( Basculantes Opcionais ) ; Painel de instrumento na cor do veículo ; descansa-braço redesenhado ; trava de dois estágios no capô do porta-malas; Tampa do motor do 1500 com mais rasgos de ventilação, distribuídos em duas colunas de cada lado.



(1974) – Nunca vendeu-se tanto fusca no Brasil como no ano de 1974. O fusca teve uma produção de 239.393 unidades somente em 1974.Comparado à produção de 1969 que era de 126.319, foi um impressionante salto nas vendas. Tudo provava o já absoluto sucesso do Fusca. E também nessa época que surgiu o Fusca com motorização 1.600-S que rendia 65 cv (SAE) com dupla carburação, chamado de “Super Fuscão”. As mudanças mecânicas para esse ano eram o eixo dianteiro com bitola mais larga e a mudança estética foi o maior pára-brisa para as versões 1.300cc. e 1.500cc.. ; grade para tomada de ar na frente do pára-brisa ; saída de ar atrás das janelas laterais traseiras ; volante reestilizado; limpador do Pára-brisa com dois estágios de velocidade; painel com marcador de temperatura , relógio e amperímetro.



(1975) – a linha VW foi ampliada com a chegada do novo motor 1.300, versão 1.300-L e o modelo 1.600 passou a ter a alavanca de câmbio mais curta ; filtro de ar do carburador de papel, que substituiria o filtro de ar a óleo ; Lavador de pára-brisa com bomba de pé ; caixa de fusível de 12 pólos ; pisca-alerta.



(1976) – Atinge a marca de 2.000.000 de unidades. O Fusca modelo 1300L é muito bem aceito devido os luxo no acabamento, retrovisores e limpadores de pára-brisa maiores e em nova posição maiores e a economia chegando a fazer quase 14 Km/l ; Inclusão de trava de segurança no encosto dos assentos ; limpadores de pára-brisa maiores e com nova fixação. Tampa do motor, também do 1300, com os rasgos de ventilação, distribuídos em duas colunas de cada lado.



(1977) – Interruptor do limpador do pára-brisa na coluna de direção ; luz vermelha no velocímetro para controlar anormalidades ; comando do painel de instrumento iluminado ; para-sóis bi-articulado .



1978 – Em 19 de janeiro , a Volkswagen alemã deixa de produzir o Fusca, em sua linha de montagem em Wolfsburg . No Brasil, neste ano de 1978, o bocal do tanque de combustível passou a ser do lado externo do carro (lado direito), e não mais dentro do porta-malas como se mostrava até então, eliminando-se assim a necessidade de se abrir o porta-malas para abastecimento. Esta modificação de segurança, fora feita na Alemanha exatos dez anos antes ; travamento das portas por pinos verticais sem o uso das chaves ; Maçaneta das portas com sistema gatilho ; Chave única para a abertura das portas e do capô do motor ; pisca-alerta acionado por alavanca na coluna de direção.



(1979) – O Fusca ganha motor movido a álcool e as lanternas traseiras são remodeladas e ganharam novas formas ( crescidas ) , sendo apelidadas de “Fafá” ; novo espelho retrovisor retangular ; nova manopla para a alavanca de mudanças de marchas ; logotipo traseiro de plástico ; manivela de acionamento dos vidros de plástico ; alça de segurança redimensionada . Os modelos com motor 1300 deixam de ter na tampa do motor, os rasgos de ventilação, mantidos apenas nos modelos com o motor 1600.



(1980) – Opção de apoio de cabeça . Motor 1300 à álcool



(1981) – Novo volante com diâmetro menor ( 380 mm) ; acendedor de cigarros na versão 1300GL, dotada também de interior monocromático, rasgos de ventilação na tampa do motor, frisos de borrachas nos para choques e desembaçador traseiro.



1982 – Novo painel , com o quadro de instrumentos retangular .



1983 – Após quatro anos sem mudanças, em 1983 o “Super-Fuscão” desaparece. Adotaram o nome oficial de “FUSCA”. Com algumas poucas inovações como caixa de câmbio “Life-Time” (dispensa troca periódica de lubrificante), ignição eletrônica nos modelos a álcool, bomba de combustível com proteção anti-corrosiva, válvulas termopneumáticas nas entradas dos filtros de ar (com a função de controlar a temperatura do ar aspirado para finalidade de melhorar a queima da mistura) ; novos bancos dianteiros ; volante espumado.



(1984) – O motor 1300 do Fusca desaparece. Surge aí um novo 1600 com pistões, cilindros e cabeçotes redesenhados, além de novas câmaras de combustão, o novo motor rendia 46 cv a 4.000 RPM e torque máximo de 10,1 kgf/m a 2.000 RPM. Agora a medição foi feita no método DIN e não mais no SAE. Equipavam a versão também novos freios a disco na dianteira e barra estabilizadora traseira redesenhada para uma melhor performance aerodinâmica ; válvulas de escapamentos maiores ; barra estabilizadora traseira .



(1985) – É lançado o Fusca de série especial, na cor verde cristalino metálico, com vários acessórios já incorporados e com rodas aro 14 (rodas de Brasília) com pneus mais largos ; as laterais da porta passaram a ser forradas com tecido de alta qualidade.



(1986) – O Fusca ganha bancos reclináveis com apoio de cabeça e janelas laterais traseiras basculantes ; painel de instrumentos forrados ; volante espumado . No final do ano, no entanto, por razões mercadológicas (as vendas decresciam anualmente desde 1980 devido à chegada de carros mais modernos), a Volks tira o carro de linha e as ultimas 800 unidades produzidas ( não vendidas ao público ) são chamadas de Fusca Última Série”, que vinham com chave de ouro, vidros verdes com térmico traseiro e degrade, pintura azul metálica e outros opcionais. A data de 18 de agosto marca oficialmente o decreto do fim da produção do Fusca no Brasil, após 27 anos ininterruptos de produção.



(1988) – O Fusca ultrapassa a casa dos 20.000.000 ( Vinte Milhões ) de veículos vendidos em todo o Mundo.



(1993) – Setembro: oito meses após o pedido do então presidente Itamar Franco ao então presidente da Volkswagen Pierre-Alain De Smedt e com investimentos de US$ 30 milhões, a Volkswagen retoma a produção do Fusca. Entre as novidades do modelo, destacam-se vidros laminados, catalisador, barras estabilizadoras na dianteira e na traseira, pneus radiais, freios dianteiros a disco, reforços estruturais e cintos de segurança de três pontos e motor com injeção eletrônica.



(1996) – Em junho, o Fusca novamente deixa de ser produzido e como em 1986 lança as ultimas unidades com série ouro, o qual é equipado com faróis de milha, lanterna fume, rádio digital, vidros verdes banco com novo revestimento ( igual ao do gol Atlanta ), além de outros opcionais como a chave em ouro. Tratou-se de um fato inédito em toda a história do automobilismo mundial . O México passa a ser o único país a produzir o carro. Em novembro. é instituído oficialmente o dia do Fusca (20 de janeiro).



(1998) – No dia 14 de fevereiro, a fábrica de Puebla, no México, começa a produzir o novo Fusca em grande escala. O carro vira mania nos Estados Unidos. Em maio, a Volks promove um “recall” para trocar a fiação próxima à bateria devido à possibilidade de incêndio.



(2003) – Dia 30 de junho de 2003 , o último fusca ( Chamado de Última Edição ) , saí da linha de montagem da fábrica da VW no México , sendo o exemplar o de número 21.529.464 . O méxico pois , foi o último Páis no Mundo a fabricar o fusca .